A influência de YouTube e TikTok está em todo lugar
O banimento do TikTok nos EUA e o YouTube como a "economia mais saudável da internet". A precariedade do circuito de shows. A série Sullivan & Massadas. E mais, nesta MargeM 234
É o mais popular app social usado nos EUA.
A plataforma de música e de vídeo mais popular.
A economia mais saudável da internet.
Alimento para o treinamento de IA.
E o YouTube Shorts, a ferramenta de vídeos curtos pra competir com o TikTok, até que está indo bem.
Sim, o YouTube é tudo isso. Mas é o TikTok que recebeu do New York Times uma matéria com o título “Ame, odeie ou tema, o TikTok mudou os Estados Unidos”.
A matéria é motivada pela aprovação no Senado e sanção presidencial de uma lei que, na prática, bane o TikTok dos EUA. A plataforma chinesa vai lutar na justiça.
O NYT argumenta que o TikTok já deixou marcas profundas, do marketing hollywoodiano ao conteúdo noticioso. Basicamente, fez com que todas as outras redes passassem a se comportar menos como redes sociais e mais como plataformas de entretenimento.
Mas e se o TikTok realmente for banido dos EUA? Bem, alguns jovens dizem que nem isso fará com que eles dediquem atenção ao Instagram.
Historicamente, o circuito de shows nunca foi a galinha dos ovos de ouro dos artistas da música – a grana forte saía mesmo da venda de discos. Com a internet, mp3 e tal, criou-se a ideia de que, com a diminuição dos lucros com discos, esses artistas iriam compensar a perda com o dinheiro que ganhariam com shows.
Hoje, tirando os super stars, percebe-se que o cenário é bem diferente. No Reino Unido, que sempre teve um dos circuitos de shows mais saudáveis do mundo, bandas médias e pequenas sofrem para tirar algum com turnês. Normalmente, ficam no prejuízo.
No Brasil, a coisa não é muito diferente. A Anitta diz:
“A gente está pensando em como fazer isso acontecer (um grande show no Brasil). Uma coisa é fazer shows pequenos como estamos fazendo em outros países. Esse evento maior requer tempo e estrutura, e a galera não está muito a fim de pagar para ir em eventos desse tipo”.
Mas a realidade da Anita não é a única. Jão e Natiruts estão em turnê com shows grandes e ingressos vendendo bem.
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Ainda sobre shows, festivais e o que eventos como o Coachella representam:
“Coachella tem a ver com o TikTok, não com a música. Não é um festival de música, é um lugar para influenciadores fazerem os plebeus sentirem FOMO”.
Michael Sullivan chegou a ser mendigo por quase seis meses no Rio de Janeiro no final dos anos 1960.
Alguns anos depois, assinaria, com o parceiro Paulo Massadas, alguns dos maiores sucessos da música brasileira.
Essa história está bem contada e contextualizada em Sullivan & Massadas: Retratos e Canções. De Rosana a Roupa Nova, de Tim Maia a Xuxa, passando por Gal Costa e Roberto Carlos (e muitos outros), as letras da dupla passaram pelas principais vozes do pop brasileiro. Com tanto livro e doc sendo feito sobre música brasileira (ainda bem), se tem gente que merecia um tratamento do tipo é essa dupla.
As imagens desta edição da MargeM são de Magdalena Wosinska. Estão em expo e em livro.
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É longo e está em inglês, mas este artigo tem ideias interessantes: “Precisamos Reintroduzir a Natureza na Internet. A internet tornou-se uma monocultura exaurida e frágil. Mas podemos revitalizá-la utilizando lições aprendidas pelos ecologistas.”
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Clique no botão vermelho. (Pra se distrair com “websites inúteis”.)
Backdrop. (“Explorando o mundo com um clique de cada vez.”)