"Influencers pensam que a gente é besta"
Empresários metem a boca em influenciadores que querem produtos e serviços de graça; o ótimo Tiny Desk Concert; o Food Mood do Google; uma playlist delícia; tudo nesta MargeM 233
“Pensam que a gente é besta”, resume o dono de um restaurante a respeito dos influencers que querem serviços e produtos de graça em troca de um post nas redes.
As marcas grandes, parece, já estão vacinadas contra esse tipo de picaretagem, mas empresários médios e pequenos ainda caem na lábia de influenciadores que esbanjam um grande número de seguidores, mas não entregam engajamento.
Esta boa reportagem da Folha ainda conta que, no Brasil, “o mercado de influencers movimentou R$ 456,6 milhões no ano passado e deve crescer 24% neste ano”. Só no Instagram, o Brasil tem cerca de 10,5 milhões de influenciadores.
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Uma camiseta desenvolvida tecnologicamente para ser funcional, sustentável e com ótima durabilidade. Assim é a Tech T-Shirt, um dos hits da Insider Store, marca que cria roupas pensando no futuro.
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#NotaPatrocinada
A transmissão ao vivo de grandes festivais de música é um negócio que veio para ficar. Rende grana para os organizadores, levanta o cachê dos artistas, mais gente assiste aos shows.
Um dos eventos que ajudou a popularizar mundialmente o casamento entre festivais e plataformas de streaming foi o Coachella. Há alguns anos, o evento sediado na Califórnia pode ser visto ao vivo pelo YouTube.
Neste ano, o evento (que será realizado nos dias 12, 13, 14, 19, 20 e 21 de abril) será transmitido em um novo formato multicanal.
É semelhante com o que já ocorre em transmissões de alguns esportes (como futebol e futebol americano), em que, em uma mesma tela, dá para ver vários jogos.
Para o Coachella, o YouTube vai transmitir em uma mesma tela quatro palcos diferentes, e o espectador poderá escolher qual áudio quer ouvir. Não sei se vai funcionar como no futebol, porque dá para ver tranquilamente vários jogos sem o som. Como será para ver shows?
Mas deve ajudar a levar mais mídia para o Coachella, que está precisando: neste 2024, a procura por ingressos é a mais baixa dos últimos dez anos.
Sem intermediários: o Pharrell Williams lançou o disco Black Yacht Rock Vol 1. não em lojas de download ou em plataformas de streaming, apenas neste site.
Direto para os fãs, em uma viagem que não tem escalas. Não funciona para todo mundo (artistas médios e pequenos precisam do alcance das plataformas de streaming), mas é um caminho que deve ser procurado cada vez mais por bandas e músicos: a conexão direta com os superfãs.
O Tiny Desk Concert é um dos projetos mais legais de música. Recebe, em um local minúsculo, num ambiente que privilegia o acústico e o intimismo, nomes variados (Tyler, The Creator, Harry Styles, Karol G, Nile Rodgers, Amaarae, para ficar apenas em alguns beeeem bons) de gêneros variados (rock, rap, pop, folk, experimental). Há poucos dias, o Tiny Desk abriu espaço pela primeira vez para uma banda de hardcore.
O TikTok está matando os clipes? Será?
Este artigo afirma que, tirando o k-pop e músicas latinas (ou influenciadas por), grandes artistas estão diminuindo a frequência com que usam clipes para promover uma música ou mesmo um disco.
“Pedir às pessoas para permanecerem na mesma página durante toda a duração de uma faixa em uma era de ‘scrolling’ é realmente difícil”, diz uma agente de artistas.
Uma diretora de vídeos afirma que a verba que antes era dedicada à filmagem de um único clipe agora tem de ser dividida por várias faixas e em conteúdos para as redes.
As imagens desta edição são do livro Ruth Orkin: Women, com fotos de Orkin feitas principalmente nas décadas de 40 e 50.
E saiu mais uma playlist delícia da MargeM. Só coisa boa em pouco mais de 1 hora de duração. Músicas legais que ouvi nas últimas semanas, e acho que uma vai se encaixando na outra. Não?
→ 30 anos da morte de Kurt Cobain: o podcast Página Não Encontrada relembra visita à casa onde o líder do Nirvana nasceu e encontros pessoais com Cobain. (Mais: “Kurt não resistiu a si mesmo”.
→ Sam Taylor-Johnson fala sobre Back to Black, seu filme sobre Amy Winehouse.
→ O Kiss vendeu catálogo, direito de marca e propriedade intelectual para uma empresa sueca que tem como um de seus sócios um integrante do Abba. Valor: US$ 300 milhões.
→ Artista que pinta paisagens da periferia dispensa galerias e faz sucesso com leilões online.
→ Esta matéria excelente e cheia de detalhes deliciosos conta como a Vice, que um dia ajudou a definir como fazer jornalismo digital, chegou à beira da falência.
→ Um perfil do WhatsApp: “O que antes era uma plataforma de mensagens de texto agora comanda a vida, os negócios e a máquina política de bilhões de pessoas”.
→ Facebook e Instagram vão identificar conteúdos que foram alterados por meio de IA.
→ Para convencer os norte-americanos de que não deve ser banido naquele país, o TikTok está gastando milhões em anúncios direcionados a freiras, veteranos de guerra e donos de ranchos.
→ O Google está indexando livros de qualidade duvidosa escritos por IAs – e eles vão começar a aparecer no sistema de busca.
→ Em busca do Old Fashioned perfeito.
→ O incel terrorista: um jovem de 17 anos assassinou uma mulher no Canadá. A justiça do país considerou o ataque como ato terrorista.
→ Quando a internet fica a fim do seu namorado.
→ Não se engane: atletas de elite “não se parecem com os influencers fitness”.
→ E esse Food Mood do Google, turbinado por IA? (“Inspire-se para a sua próxima refeição e crie novas receitas misturando influências de duas cozinhas”.)
→ E o Google criou mais brincadeiras auxiliadas por IA, como este Instrument Playground.
→ Favoree, tipo um IMDb, mas para youtubers.
→ Mosaic, tipo um IMDb, mas para creators.
→ One Minute Park. (Que coisa linda: vídeos de parques pelo mundo. Muda a cada 60 segundos.)
Quando eu tinha uma pizzaria em Nova Iguaçu, chovia gente se dizendo influencer querendo pizza grátis. As vezes a pessoa tinha 400 seguidores, nenhum engajamento, mas mesmo assim pedia.
Uma vez fiz uma parceria com uma influencer, que tinha engajamento. Sábado ela postou minha pizza (não ganhei seguidores, nem clientes com isso) e no domingo ela postou de outra pizzaria.
Oxiiiiii aí mandei todo mundo se lascar. Quer comer pizza, pois paguei. Eu hein
deve ser estranha essa tela multicanais de show. no máximo, serve para ver se uma apresentação já começou para mudar o áudio de lugar.