Os LinkedInfluencers; os Racionais; os bilionários que fazem filhos
MargeM 199 na área. Os LinkedInfluencers. Os bilionários que querem povoar o mundo com seus filhos. Uma tática de Elon Musk para identificar quem vaza documentos. O doc dos Racionais. E mais.
Quando a gente fala de criadores ou influenciadores, normalmente pensamos em gente que produz conteúdo em redes/plataformas como Instagram, TikTok, YouTube, Kwai, Spotify. Mas há um nicho forte e cada vez maior desse mercado que atua em um local que gravita à beira da discussão: o LinkedIn.
Dessas citadas acima, o LinkedIn é, de longe, a rede menos sexy. É uma rede voltada ao trabalho. Ao mundo corporativo.
Mas é uma rede que tem 822 milhões de usuários (a empresa não diz quantos são ativos), sendo 68 milhões no Brasil. E 60,1% deles têm entre 25 e 34 anos. (Todos esses números estão aqui.)
É uma rede povoada por executivos, empresários, gente de mídia, profissionais de todos os tipos. E, por estar menos saturada do que outras redes, muitos veem oportunidade para fazer grana ali. O que nos dá a impressão que, hoje, "todo mundo quer ser um LinkedInfluencer", como afirma esta boa reportagem –e que revela um dos efeitos dessa onda: a demanda por ghost writers.
O LinkedIn tem algumas regras não ditas. A principal: não postar nada minimamente polêmico ou que possa criar algum problema (afinal, o seu perfil está ligado ao seu trabalho). Um ponto que é seguido por quase todos os influenciadores no LinkedIn: posts curtos e inspiracionais. A mensagem pode até ser óbvia, mas tem de ser inspiracional.
É a receita seguida por gente como Justin Welsh, que atraiu para seu perfil mais de 320 mil seguidores, que o ajudam a faturar cerca de US$ 2 milhões/ano no LinkedIn. Essa história está contada nesta matéria sobre o "crescimento dos influencers milionários no LinkedIn".
Sobre o derretimento do Twitter nos últimos dias, a newsletter de tech Interfaces tem um bom resumo do que está rolando.
Quero citar apenas um ponto: uma das táticas do Elon Musk (e de outros CEOs de empresas) é a de, ao enviar emails/comunicados aos funcionários, colocar pequenos sinais (erros de digitação, espaçamento etc.) na cópia que vai para cada pessoa. Assim, se vazar para a imprensa, é possível identificar o autor do vazamento.
Como salvar a humanidade e o planeta? Para alguns ricaços, a solução é fazer filhos: "Bilionários como Elon Musk querem salvar a civilização tendo toneladas de filhos geneticamente superiores."
Um exemplo: "Malcolm, 36, e sua esposa, Simone Collins, 35, são 'pró-natalistas', parte de um movimento silencioso, mas crescente, que toma conta dos ricos círculos de tecnologia e capital de risco. Pessoas como os Collins temem que a queda nas taxas de natalidade em certos países desenvolvidos, como os EUA e a maior parte da Europa, leve à extinção de culturas, ao colapso das economias e, por fim, ao colapso da civilização".
O casal tem três filhos (por enquanto). E esta á a conta que eles fazem, segundo a reportagem: "Contanto que cada um de seus descendentes se comprometa a ter pelo menos oito filhos por apenas 11 gerações, a linhagem Collins acabará superando em número a população humana atual".
Como a reportagem lembra, esse tipo de ideia alimenta discursos de grupos supremacistas.
Tem muita coisa boa em Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo, documentário que estreou na Netflix.
A história da banda é suficiente para uma série, mas o doc dirigido por Juliana Vicente consegue mostrar bem de onde veio, como cresceu e por que esta banda virou coisa tão importante.
O doc não tem um narrador principal ou o apoio de textos explicativos –são os próprios rappers que vão contando as histórias que ajudaram a construir a trajetória dos Racionais. Gostei especialmente:
1) de Mano Brown falando sobre uma de suas primeiras faixas, Pânico na Zona Sul;
2) do grupo incrédulo com o sucesso de Homem na Estrada;
3) de entender a decepção de Brown com o período pós-Sobrevivendo no Inferno (o disco foi recebido de maneiras diferentes: enquanto alguns celebravam sem dar qualquer atenção às letras, outros colocavam toda a raiva para fora em atitudes violentas durante os shows da banda).
As imagens desta newsletter são parte da expo The Rolling Stones 1972: Photographs by Jim Marshall.
A Meta/Facebook vai promover a exibição de um show em realidade virtual que terá um avatar ultrarrealista do Notorious BIG (rapper morto em 1997).
Como vestir uma rockstar? A Karen O., do Yeah Yeah Yeahs, usa há 20 anos as roupas criadas por Christian Joy.
A Ticketmaster teve de cancelar a venda de ingressos para a nova turnê de Taylor Swift por causa da alta demanda. (3,5 milhões de pessoas se registraram para a pré-venda. Detalhe: a Ticketmaster controla 80% do mercado de ingressos nos EUA.)
Diferentemente de quase todas as empresas de tech, o TikTok está contratando. (E um excelente especial para entender a ascensão dessa plataforma.)
As Big techs nos ensinam a como não demitir pessoas.
O cara que, depois de passar por Netscape e Google, está tentando reinventar o browser.
Kwai e Marvel se unem: a rede está com ações exclusivas de Pantera Negra: Wakanda para Sempre.
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Gastronomia vira ferramenta de transformação social na periferia de São Paulo.
Profissionais querem semana de quatro dias, mas empresas rejeitam.
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Passive Cooking. (Boa iniciativa de uma marca. No caso, com uma forma de cozinhar pasta com menor emissão de CO2e.)
Bubbles. (Porque às vezes a gente quer apenas fazer bolhas de sabão.)