Séries, filmes e discos que melhoraram 2022
Aftersun, Yellowjackets, Danger Mouse & Black Thought. Esta é a MargeM 204
Algumas séries, filmes e discos fizeram de 2022 um ano um pouco mais legal. Como Borboletas Negras, uma minissérie francesa sobre um escritor que é contratado por um homem misterioso para escrever a sua biografia. Meio violenta, mas a história compensa.
As duas melhores séries que vi foram Yellowjackets e O Urso. Esta primeira é sobre um acidente de avião que transportava um time de futebol feminino de uma escola. Acompanhamos o que ocorre nos 19 meses em que essas pessoas permanecem isoladas. E, também, como está a vida de algumas delas em 2021 e como era antes do acidente.
O Urso, ambientado em um restaurante em Chicago, vai muito além da comida. Relações familiares, vícios, a incapacidade de lidar com o passado. O sétimo episódio, filmado em um plano-sequência, é uma obra-prima.
Muito boa também é Som na Faixa, uma deliciosa e afiada série sobre o Spotify. Talvez a que mais tenha me surpreendido foi Ruptura, um thriller meio distópico que mostra que a Apple TV virou casa de algumas das mais interessantes produções da televisão.
Boas séries saíram daqui do Brasil, como Manhãs de Setembro (com a Liniker), Rota 66, Eleita, Vale Tudo com Tim Maia e Encantado's.
Um dos grandes filmes do ano está em cartaz nos cinemas: Aftersun é delicado e melancólico ao retratar um feriado que pai e filha passam em um resort na Turquia. Escrevi na Margem que é "um filme impressionantemente lindo e emocionalmente devastador". Já vi duas vezes.
Já O Desconhecido é diferente de 90% dos filmes que entram no streaming. História sem concessões, inspirada no caso real do desaparecimento de um menino na Austrália. Tenso, angustiante, seco.
France - Sob os Holofotes foi uma boa surpresa. Com a Léa Seydoux, é uma bem-humorada sátira sobre jornalismo e celebridades.
Panda Bear e Sonic Boom se reuniram para fazer Reset, disco monumental que, parece, passou meio despercebido. Policromático, grandioso, nada óbvio e bem pop.
Valeram a pena também os discos de Steve Lacy, Pusha T, Little Simz e Danger Mouse & Black Thought. Do Brasil, Jardineiros, do Planet Hemp; Habilidades Extraordinárias, da Tulipa Ruiz; Zulu: De César a Cristo, do Zudzilla; Estado de Choque, do Anvil FX; Icarus, do BK; Foi Eu Que Fiz, da Deize Tigrona; Zera, do gorduratrans; no Reino dos Afetos, do Bruno Berle; Em Nome da Estrela, da Xênia França; Foi Mal, dos Pelados; Best Kept Secret, da Moons.
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O metaverso é algo que vai acontecer de qualquer jeito ou estamos perto de uma bolha que pode estourar?
Esta é uma das recentes reportagens publicadas pelo Culturize-se, novo site que chegou para discutir e analisar tudo o que envolve a cultura, de cinema a música, de literatura ao teatro.
O portal possui ainda planos de assinatura que bonificam os seus membros. Um deles é o Clube Culturize-se. A mensalidade custa R$ 16,90 e é paga por meio de cartão de crédito.
Quer saber o que vai encontrar no Culturize-se? Dá uma olhada:
- crítica de "Bardo - Falsa Crônica de Algumas Verdades", novo filme de Alejandro González Iñárritu;
- divertida coluna de Edson Aran sobre a chatice do coaching;
- matéria sobre uma grandiosa expo de Vermeer que vem por aí;
- lista com os melhores filmes de 2022;
- texto que relembra os 20 anos sem Joe Strummer.
Depois que Elon Musk comprou o Twitter, houve movimentação de muita gente em direção a outras redes. Uma delas é o Mastodon, que está com 2,5 milhões de usuários ativos.
O fundador da rede, o alemão Eugen Rochko, disse que recebeu "diversas" ofertas de fundos de investimento – e todas foram rejeitadas. Rochko afirma que o Mastodon continuará sendo uma organização sem fins lucrativos e que depende de doações. Atualmente, tem cerca de 8.500 doadores no Patreon.
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